segunda-feira, 21 de maio de 2007

Irmãos Gallagher.

Em 1994, o álbum Definitely Maybe tornou-se o mais vendido álbum de estréia na história da Inglaterra. Somente em 2006 esse recorde foi batido, pelo grupo Arctic Monkeys com o álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Disparos do front da cultura pop.

"Fique perto das coisas que você ama. E leve um bastão de beisebol para o resto." O que seria isso? Um livro de auto-ajuda? Não não. Simplesmente é só mais um livro do jornalista britânico Tony Parsons.
Simplicidade é algo que passa longe de Parsons. Ele mais do que escreve. Ele transmite. Transmite exatamente aquilo que queremos ler e cultuar.
"Disparos do front da cultura pop" (alguma semelhança?) tem tudo que um bom apreciador de música quer encontrar. Entrevistas, turnês, viagens, experiências de vida e até pequenas lições de moral recheiam o livro.
Tony Parsons é um sortudo. Com apenas 23 anos, viajou numa histórica turnê, que contou com bandas como: Sex Pistols, Damned, Heartbreakers e clash. E em referência a essa turnê, ele disse: "Agora preste atenção. Se os beatos hipócritas que governam nosso país banirem essa turnê da sua cidade, levante sua bunda cansada e vá para a cidade próxima, ou talvez nem tão próxima, até a chance de conferir os shows. Porque, se você perder essa chance, duvido muito que tenha outra oportunidade de ver uma turnê como essa de novo. E se você não for, tudo o que posso dizer é que você é um idiota". Essa frase é tão motivadora que me faz parecer um.
O livro é dividido em cinco capítulos: Música, Amor & Sexo, Polêmicas, Viagens e Cultura.
No primeiro capítulo Música, Parsons relata: "Este não é simplesmente o melhor show que já vi na vida, é muito mais que isso. É como você ver a sua vida inteira passar por você e, em vez de morrer, você está dançando". Referindo-se ao show do Bruce Springsteen, em Nova York, 1978. Fora Bruce, Parsons traz entrevistas com David Bowie, George Michael, Brett
Anderson, Morrissey, Wendy Cobain (mãe do falecido Kurt Cobain), Johnny Cash, John Lydon (Johnny Rotten), fora as diversas citações musicais presentes no livro.
"Como uma garota do rock apaga as luzes depois do sexo? Ela fecha a porta do carro!" Agora podemos ter uma idéia deste segundo capítulo Amor & Sexo. Parsons comenta sobre o compromisso. Ele diz que uma mulher pode perdoar qualquer coisa, menos a falta de compromisso ("Uma mulher pode perdoar quase tudo do homem que ama. Ela perdoa a infidelidade, a bebedeira e a ejaculação precoce - apesar de provavelmente não perdoar tudo na mesma noite. Ela vai perdoar se ele dormir imediatamente após o sexo. Ela vai perdoar se ele dormir imediatamente antes do sexo. Mas a única coisa que uma mulher nunca vai perdoar num homem é a falta de compromisso"). Esculacha pseudo-feministas, acaba dizendo que: "O romance torna a vida mais doce, mas mais difícil também", e outras "bombas" que só ele transmite daquele jeito irônico e único.
No capítulo Polêmica, Parsons usou e abusou (algumas vezes exagerou) da sua ironia. Um exemplo é o texto "A Selva Tatuada", que diz respeito à classe média operária britânica, alegando que eles podem ser identificados como hooligans, beberrões e mal-encarados. Exagero?
Parsons visitou muitos lugares. Desde maravilhosos países de dar inveja, à pobreza propriamente dita de uns. E é nessa parte que se encaixa o quarto capítulo Viagens. Um capítulo que pode agradar uns e desagradar outros, mas nada que seje relevante.
Por fim vem o último capítulo Cultura. Várias citações, dentre elas o fenomenal "Laranja Mecânica" ganha espaço aqui. Tony Parsons com certeza é um jornalista muito influente, e como ele próprio descreve em seu livro: "O fim dos anos 70 era a época ideal para se trabalhar num semanário de música. [...] Era um lugar excelente para um jovem jornalista aprender a profissão porque parecia que todos os jovens do país que conseguiam ler sem mover os lábios compravam o jornal. Fiquei três anos no NME e todos os dias eu entrava na redação com um arrepio de excitação, imaginando o que ia acontecer. [...] Comecei na música e para alguém da minha geração sortuda – bebê quando Elvis vestia 38, criança durante a Beatlemania, adolescente quando Bowie começou a fazer sucesso, jovem durante o movimento punk – a música sempre vai ser importante. Nasci na época certa."

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Criativo, Inteligente e Original.


Depois que tive a oportunidade de conhecer os filmes do cineasta britânico Guy Stuart Ritchie, é que pude compreender como é bom doar um pouco do nosso tempo para poder apreciar um bom filme.
Há alguns anos atrás, fui apresentado ao segundo longa dele, "Snatch - Porcos e Diamantes". Fiquei totalmente impressionado com a genialidade da história, da perfeição das imagens e da inteligência das falas, que são aspectos marcantes do diretor.
Seu primeiro filme e segundo que assisti, "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes" exibe todos os aspectos citados por mim, adicionado com altas doses de um estilo gangster diferente, nunca jamais visto nos cinemas.
Guy Ritchie é conhecido por implementar diversas "gags" em seus filmes, ou seja, inúmeras palhaçadas caracterizadas por situações inesperadas e cômicas. É um estilo muito presente em seus filmes.
Ontem de madrugada assisti "Revolver", o quarto longa. Ainda não vi o "fracassado" terceiro, "Destino Insólito", um filme ítalo-inglês refilmado que não foi bem repercutido nos EUA e nem chegou a ser lançado na Grã-Bretanha. Triste.
Guy é conhecido como "o queridinho diretor britânico", mas parece que essa denominação está desaparecendo. Não sei o porquê. Acusam-no de pretensioso em relação à "Revolver". Está certo que fugiu um pouco dos padrões estipulados do estilo "ritchienesco". Mas a essência de Guy continua. E como! "Revolver" é um filme que exige altamente a inteligência. São perceptíveis as influências de outros filmes como: "Kill Bill-Vol.1", "Cidade dos Sonhos" e "Clube da Luta". Isso o torna um diretor sem criatividade? Não necessariamente.
"Revolver" é um excelente filme. Porém recebeu muitas críticas negativas. Confuso, copião e desestruturado. Esses foram os argumentos mais utilizados. É um filme complexo, nada mais. Recheados de maravilhosas cenas dignas de um bom desempenho dos atores e da produção, ótimas falas extraídas historicamente (por exemplo: "O maior dos inimigos está escondido onde menos se possa imaginar. "Júlio César 75 a.C.), lances psicológicos... e por aí vai.
É bom saber que Guy evoluiu, mas tomare que ele não deixe totalmente de lado o seu lado humorista de representar filmes. Aliás, seu curta, "Star" de um comercial da BMW (estrelando sua esposa Madonna) está bem engraçado. Guy Ritchie sem dúvida se enquadra no quesito, criativo, inteligente e original. Vale a pena conferir.